quinta-feira, 24 de abril de 2008

A violência no Brasil


Cristiani Sousa e Mayre Costa

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana (violências praticadas nas ruas, como assaltos, seqüestros, extermínios, etc.); violência doméstica (praticadas no próprio lar); violência familiar e violência contra a mulher a mulher, que, em geral, é praticada pelo marido, namorado, ex-companheiro, etc... Cerca de trezentos milhões de reais são gastos por dia na luta contra a violência no Brasil. Este valor não contabiliza o sofrimento físico e psicológico das vítimas da violência no país, que é considerado como um dos mais dramáticos do mundo. O País conta com 3% da população mundial e concentra 9% dos homicídios cometidos no mundo. Na última década, os homicídios cresceram 29%. Entre os jovens o índice aumentou em 48%. De acordo com a estatística do mapa da violência no Brasil, os estados de São Paulo e Paraná estão entre os mais violentos do país. Em Rondônia, a pesquisa mostra que houve redução no índice de violência. Os três municípios, Porto Velho, Buritis e Chupinguaia, considerados os mais violentos do estado em 2005, tiveram uma queda no ranking nacional. A capital que estava em 5º lugar, ocupa hoje a 56º posição. Buritis, de 23º foi para 33º e de 14º Chupinguaia caiu para 31º. No Pará, a promessa de uma vida melhor, fez com que dona Maria Benedita da Silva, entregasse a um casal, sua filha Marielma de Jesus de apenas 11 anos. A menina foi trabalhar como babá na casa de Ronivaldo Furtado (38) e Roberta Sandrelli (21). Em troca de moradia, comida, escola e um pequeno salário que nunca recebeu, Marielma cuidava da filha de um ano do casal e ainda realizava tarefas domésticas.Após quatro meses de trabalho, Marielma foi encontrada morta por espancamento, com fraturas múltiplas e sinais de violência sexual na residência onde trabalhava em Belém. Os patrões foram acusados pelo crime. O delito, ocorrido em 12 de novembro de 2005, teve repercussão internacional e mobilizou entidades de defesa dos direitos humanos devido ao risco de impunidade. O casal foi acusado de Homicídio quaduplamente qualificado – crime cometido por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima, entre outros. A estratégia usada pelo casal foi de acusarem-se mutuamente, sem que nenhum assuma o ato. Segundo a promotoria, Roberta acusava Ronivaldo de espancar, abusar sexualmente e matar a menina. Este, por sua vez, diz que a companheira teria se descontrolado e cometido o crime após ver Marielma molestar sua filha, versão desmentida pelos exames realizados no bebê. Roberta Sandrelli foi quem sentou primeiro no banco dos réus. No dia 11 de novembro de 2006, Sandrelli foi condenada como co-autora do assassinato de Marielma há 38 anos de prisão em regime fechado. Foram 6 votos a 1. O Juiz Raimundo Flexa ao ler a sentença disse que a assassina é “Violenta, perversa e covarde”. O julgamento de seu marido, Ronivaldo, foi atrasado por estratégia usada pelos advogados de defesa, que apresentou exame de sanidade atestando esquizofrenia e deficiência mental, tornando-o inimputável. Os promotores contestaram o laudo e solicitaram nova perícia.Mesmo com todos os recursos usados para inocentar Ronivaldo, o Tribunal do Júri, aprovou por unanimidade, no dia 07 de maio de 2007, a pena de 52 anos de prisão em regime fechado.A polêmica sobre o trabalho infantil Marielma estava entre milhares de crianças e adolescentes que atuam como domésticas e estão passíveis de violência em casas de terceiros. Somente no Pará são 25,6 mil jovens de 5 a 17 anos nesse tipo de serviço, segundo o Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil. Eles representam 18,98% dos meninos e meninas que trabalham no estado. A lei é clara na proibição desse tipo de mão-de-obra. Adolescentes só podem trabalhar como domésticas a partir dos 16 anos, asseguradas todas as garantias trabalhistas. No entanto, grande parte das meninas sequer recebem salário. O episódio de violência ligada ao trabalho infantil provocou manifestações de organizações como a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O caso foi inclusive denunciado em Genebra em fevereiro, durante o Seminário Internacional com Organizações Sindicais sobre o Trabalho Infantil Doméstico, por Creuza Maria de Oliveira, presidente da Fenatrad. No Brasil, o alto índice de violência, principalmente contra os adolescentes e jovens que deixam a escola para trabalhar no sustento da casa, chega a 13 por cada grupo de 100 mil pessoas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Á cada dia os indices de violencia no brasil creceram em 20% dos causos de homicidios cometidos no mundo.Entre os jovens o indice aumentou em 40% .
Até quando vamos conviver com essas causas .Varias pessoas vivendo insoldadas com medo dessas violencias. tem que colocar um fim na violencia.temos que ter uma sociedade brasileira livre de violencia .
- UM mundo mais justo será nossa maior conquista -

Anônimo disse...

Os índices de violência no brasil vem aumentando muito, e isso esta preocupando á todos nós, pois não é mais seguro sair de casa.Temos que fazer algo para mudar este triste retrato do Brasil atual.
so viveremos em paz no dia em nos unirmos para mudar essa situação tenebrosa.


Hanna rocha. estudante

Anônimo disse...

até quando vamos viver nesse mundo,que ao invez de belezas e felicidades só exite tristeza e violência....porque agir assim?por que? até quando?....essas são algumas perguntas que não quer calar...ao invez desses pesquisadores ficarem inventando coisas desnecessarias por que eles não procura um meio disso tudo acabar......tenho somente 13 anos e tudo que eu quero é um futuro calmo....e de paz...

Anônimo disse...

Até quando vamos ter que aguentar esse tipo de violência?Quando vamos saber que um dia os nossos filhos estaram seguros?Quando teremos a certeza de que ninguém faria mal as crianças?Por isso pergunto, onde esse mundo vai parar?Quando que o gorverno vai se preocupar com a segurança e fazer algo para mudar, pois para mim o governo não faz nada a não ser robar e cobrar impostos.Quando que algum governo vai dar estudos de qualidades e ensinar o que é bom de verdade, vai dar oportunidade de empregos em vez de dar bolsa família, quando vamos ter segurança que nem nos velhos tempos ou até mesmo sair tendo certeza de voltara pra casa,que os pais e ninguém vai abusar das crianças(nem sexualmente e nem agredindo).Num dia em que o governo se preocupa com essas questões, terei orgulho de dizer que sou brasileira e dos meus governantes.Caso contrario serei só mais uma sonhadora.